segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Gestão de Crise na Volkswagen - Como não lidar com uma crise


Ainda é cedo, mas a história Volkswagen configura-se já como um caso de estudo de como não lidar com uma crise.

A Volkswagen reconhece que tem um grande problema entre mãos. Na Alemanha o Welt am Sonntag cita Hans Dieter Potsch, o novo presidente, designando-o como uma "crise ameaçadora para a existência da empresa."

Mas o facto de Potsch, diretor financeiro da VW desde 2003, ter sido nomeado presidente, bem como outro insider da empresa, Mathias Muller, nomeado CEO, sugere que o board está a circular os seus Volkswagens. O FT contrasta essa posição defensiva com a forma como Siemens tratou o escândalo de suborno em 2006, trazendo um presidente e CEO de fora da Companhia e, finalmente, tomar medidas legais contra ex-executivos

Evidências deixam claro que a instalação do software para mascarar os controlos de emissões, não foram o resultado de alguma operação clandestina - foi impulsionada por decisões tomadas por engenheiros de topo da empresa e aprovadas ao mais alto nível da VW. É um brilhante sinal de néon apontado para uma cultura corporativa doente. Isso não será fácil de mudar, e não será resolvido através de papering meio mundo com apologéticos anúncios de jornal.

Potsch e Muller podem querer aprender com a Maria Barra da GM, também uma insider, que, quando confrontada com o escândalo da chave de ignição e cercada por colegas executivos que também disseram: Isso é ruim, mas podemos superar isso. Barra respondeu: I don’t want to get over it.

"I don't want to set it aside and explain it”, disse ela à Fortune no ano passado, “because I think it has uncovered some things in our company that it's critical we challenge ourselves to change and to fix.”

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