Não devemos baixar os braços e desistir. Devemos ter a ousadia de exibir em voz alta os nossos valores e fazê-los triunfar. Estamos na Europa, herdeiros de uma longa história com as suas partes sombrias, mas também com as suas as luzes, o que nos permitiu generalizar no nosso espaço a liberdade de expressão, o pensamento crítico, e o secularismo. Colocá-los na frente, individual e coletivamente, é a resposta que precisamos de dar.
Temos de deixar de ser compreensivos com o obscurantismo e a intolerância. É preciso dizer, de uma forma assertiva e de uma vez por todas, que o fundamentalismo islâmico é uma regressão intelectual inaceitável porque carrega uma enorme ameaça para a perpetuação dos nossos valores e das nossas vidas. Precisamos a todo custo de convencer as mentes pervertidas.
Concretamente isto significa que temos de nos concentrar em ensinar à nossa juventude, a não aceitar excessos contrários aos nossos valores, que possam ser incutidos por adultos, mesmo que sejam os seus pais. É inaceitável que no nosso território europeu, alguns continuam a colocar nas mentes frágeis conceitos apriorísticos e proibições religiosas. Temos de incutir nos jovens o amor pela ciência; mostrar-lhes a beleza dos números, o sonho da vida e as estrelas, em vez do livro "santo" de um ignorante do século VII. Quanto a este último, não há que hesitar em mostrar as inconsistências, imprecisões, e do que não são verdades.
Face aos adultos, que vivem entre nós, mas que ainda não entenderam o século em que vivem, temos de ser claros. É preciso que os media deixem de manifestar um falso respeito, infundado, a uma ideologia retrógrada e, especialmente, anti-social. Devemos como sociedade, recusar sinais distintivos externos ou comportamentos que transmitam esta ideologia que nos faz guerra. Se deixarmos uma mulher usar o véu (ou pior, uma burca), depois dois, depois três, vamos acabar com uma população feminina posta numa condição inferior de liberdade diminuída. Se permitirmos que uma criança se ausente de uma aula de ciências naturais, onde é ensinada a teoria de Darwin, corremos o risco de perpetuar uma sociedade regressiva.
Parafraseando Willian Ernest Henley, “It matters not how strait the gate, How charged with punishments the scroll; I am the master of my fate: I am the captain of my soul.” eu diria que somos certamente todos nós os capitães da nossa própria alma, mas sendo seres sociais e ainda livres, acrescento também, que somos coletivamente responsáveis pela evolução da sociedade a que todos nós pertencemos. Não nos esqueçamos na nossa vida cotidiana. Sem concessões!
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