terça-feira, 15 de dezembro de 2015

A ameaça dos “cidadãos muçulmanos radicalizados"


Tenho seguido a serie Homeland e não obstante alguma ficção das temporadas anteriores, ela é muito actual, em particular esta última temporada passada na Europa, onde, entre outras coisas, se retrata a realidade da radicalização dos jovens alemães, muçulmanos de origem árabe.

No seguimento do sucedido em Paris a 13 de Novembro, salta à vista que a maior ameaça terrorista para as cidades europeias e americanas vem de cidadãos muçulmanos radicalizados. O Estado Islâmico precisa ser derrotado e eliminado do planeta Terra, mas o principal esforço deve ser feito pelos sistemas de informação e na troca de de informação entre eles. As agências de informação francesas e belgas parecem ter sido apanhados descalças. É necessário um seguimento muito mais apertado das mesquitas, centros comunitários muçulmanos e redes de doadores. Se isso requer a suspensão de algumas das nossas liberdades civis, este comprimido mesmo que amargo, deve ser tomado.

Formei melhor os meus pontos de vista sobre religião muçulmana e, especialmente, sobre o fundamentalismo religioso, pelo que aconteceu no 11 de Setembro , e na leitura de “The Looming Tower: Al-Qaeda and the Road to 9/11” de Lawrence Wright (em Português A Torre do Desassossego). Com os últimos acontecimentos de  Paris, repete-se novamente o sentimento de choque, trazendo de volta à memória sensações de perda e tristeza.

Precisamos de serviços de informação mais focados, e não de espionagem generalizada, do Joaquim canalizador à Angela Merkel. Temos de concentrar a nossa atenção sobre os inimigos reais, e não aqueles imaginários como os cidadãos comuns europeus ou americanos, ou países aliados. As mentiras, as escutas excessivamente amplas, e as guerras em lugares errados têm ajudado chegar onde agora estamos.

Precisamos de avaliar honestamente os nosso erros, de modo a evitar que eles se repitam sucessivamente. Ao bombardear uma cidade, estamos a criar uma unidade de recrutamento. Quando alvejamos os líderes, estamos a fazer um favor a todos.

Eu tento reagir a estes acontecimentos usando a lógica e o pensamento racional em lugar das emoções. Entendo isto: - se alguém nos atacar e nos magoar seriamente, a primeira reacção é de dar troco com mais força. É normal. Mas não creio ser uma boa ideia ideia, que os Estados ajam debaixo deste tipo de sentimento.

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