Há cada vez mais filhos a regressarem a casa dos pais, e muitas vezes trazendo a própria família. Um estudo da DECO revela também que esta situação está a levar muitos pais a endividarem-se de novo.
Quando se conta um a um e se olha para todos como um todo, o número não muda muito.
Comparam-se neste caso os primeiros três meses deste ano com o mesmo período do ano passado, e são mais de 7 300 que entraram na DECO a pedir ajuda famílias sobre endividadas com uma corda financeira ao pescoço.
O que muda em toda esta realidade são as razões que os levaram a recorrer a este apoio. O desemprego ou os cortes salariais continuam a ter um forte peso, sendo que as causas começam a mostrar sinais de diferença.
Destacam-se agora a penhora dos vencimentos e o aumento do agregado familiar, cada vez com maior peso: "E porque os filhos já crescidos, mas confrontados com situações de desemprego, sentem necessidade de regressar à casa dos pais, muitas vezes com a própria família. Isto leva à ruptura do orçamento familiar. Por outro lado, temos uma outra causa, que acaba por estar relacionada com esta, que tem a ver com o aumento das penhoras dos vencimentos e dos bens, porque as pessoas assumiram dívidas que não conseguiram pagar. Mas muitas vezes essa dividas, não são dívidas próprias, são dívidas de terceiros mas elas assumiram-nas enquanto fiadores, e mais uma vez estamos a falar aqui dos pais."
Os pais suportam o peso que os filhos não conseguem carregar, e torna-se tudo isto pesado de mais. São cada vez mais os pais que assim se colocam e entram no gabinete de apoio da DECO. Mais de metade ganham menos que de 1.010€ mensais.
"Se nós formos olhar para o número de créditos que as famílias têm hoje, quando nos pedem ajuda, nós verificamos que em regra têm quatro créditos. Se recuarmos a 2008, nós verificamos que nessa altura tinham sete ou mais créditos, e era uma altura que sim, isso se verificava, hoje isso não acontece".
Créditos a nível pessoal para a habitação ou para automóvel e ainda um cartão de crédito. Há ainda casos de quem já não se entende com as contas da água, da luz ou das telecomunicações e pede ajuda à DECO.
No meio desta triste história, podemos dizer que se trata de um número (ainda?) reduzido de compatriotas a passar por estes dramas.
Bem haja Euribor : -0,022% a um mês e 0,079% a 6 meses.
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