Numa conferência com recém licenciados da Stern School of Business, o CEO da GE, Jeffrey Immelt, pôs em evidência
três das maiores tendências que afectam, nos dias que correm, o mundo dos
negócios globais.
A primeira, e o foco principal do discurso, é a
desconfiança crescente do público face ao mundo dos negócios, que nos EUA se
traduz no aumento da regulamentação (Obama) e crescente protecionismo (Trump,
Sanders, Clinton). Isto não sucede só nos EUA, mas como aponta Immelt“ é crescente
por todo o lado”. Esses sentimentos têm tracção na Europa e na América Latina,
tanto à direita como à esquerda. O futuro da UE é uma questão em aberto. “Barreiras
protecionistas estão a aumentar na Ásia e África." Face a isto, Immelt diz
que a GE está a fazer um “bold pivot” longe de globalização tradicional, e no
sentido de "localization".
A segunda tendência é o que ele designa por
" digitization of assets " Numa conferência no Hamilton College, o investidor
Peter Thiel lamentou o facto da palavra "tecnologia" ter passado a
significar tecnologia da informação e a inovação em muitos lugares estar
moribunda. Mas Immelt vê um o aparecimento de um casamento da tecnologia física
e digital que irá desbloquear uma nova onda de produtividade e ajudar a
resolver as questões da energia, saúde e outros problemas em todo o mundo.
"Por vezes, as empresas conduzem mudanças mais rapidamente do que os
governos", disse ele. "É difícil odiar uma empresa que está a trabalhar
com vista a reduzir as alterações climáticas e criar empregos."
A terceira é a tendência para as organizações
serem mais simples e menos centralizadas, bem como uma forma diferente de liderança.
"Burocracias complexas e centralizadas estão obsoletas", disse ele.
"A mudança exige novos modelos de negócio ... mais magros, mais rápidos,
mais descentralizados. Os dias das ideias globais através de uma sede central
estão acabados. A globalização requer uma capacidade de equipas locais
habilitadas a assumir riscos."
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