Aproxima-se o dia 23 de Junho, data escolhida para o referendo sobre a permanência da Grã-Bretanha na União Europeia (EU). Ele será o mais importante na Europa nos últimos anos e pode ser decisivo para o futuro do Reino Unido, uma vez que os nacionalistas escoceses já anunciaram que um Brexit levaria a nova votação sobre a independência da Escócia. Por outro lado a saída de um dos peso pesados, teria um enorme impacto sobre o futuro da UE.
O referendo decidirá sobre a questão de saber se os eleitores acreditam que a Grã-Bretanha fica em melhor situação dentro ou fora da UE.
As sondagens de opinião sugerem que o resultado do referendo será de metade a favor e metade contra. Quando David Cameron prometeu, em Janeiro de 2013, um referendo in / out, houve, de início, uma vantagem clara do out. No entanto, desde aquela data até hoje, o sentido de voto alterou-se, e actualmente as sondagens mostram um empate, com 50% a votarem out e os restantes 50 a votarem in.
No mundo dos negócios, e à medida que a data se aproxima os mercados financeiros acordaram para o perigo crescente de Brexit, veja-se a evolução da libra face ao dólar, com aquela a atingir o seu nível mais baixo em relação ao dólar em oito anos, se este facto pode ser indicador deste receio Patrões e CEO’s das maiores empresas na Grã-Bretanha têm defendido de uma maneira muito clara a permanência. No entanto, as chances de que se verifique o Brexit são agora maiores do que em qualquer momento nos últimos cinco anos. Vale a pena avaliar as eventuais implicações da saída da Grã Bretanha da EU, bem como as promessas daquele que defendem a sua saída, segundo o Financial Times bem como The Economist.
O mérito das alegações dos que quer o out, são difíceis de julgar, porque ninguém pode ter certeza de que tipo de relacionamento teria uma Grã-Bretanha dividida com a UE. Não existe precedente para além de Gronelândia. Ele deixou o clube em 1985, mas é pequena e continua a ser uma dependência da Dinamarca, que ainda está na UE.
Relembra o The Economist que um voto para Brexit desencadeará um pedido de retirada ao abrigo do artigo 50 do Tratado de Lisboa.
O artigo 50 prevê que a UE irá negociar com o país que pretende sair, durante um máximo de dois anos, um novo acordo. Este prazo pode ser estendido, mas apenas por decisão unânime. O artigo também especifica que, ao aceitar um novo acordo, a UE age sem o envolvimento do país que está a sair. Imagine-se um divórcio exigido unilateralmente por um parceiro, cujos termos são fixados unilateralmente pelo outro. É um processo que é susceptível de não ser muito favorável à a Grã-Bretanha.
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