Os que defendem o Brexit utilizam três argumentos.
O primeiro argumento e verdadeiro é afirmar que ambos os lados têm um forte interesse num acordo de livre comércio. No entanto este acordo pode não ser extensivo aos serviços. Já se falou de um plano B com a deslocalização da Banca para a Irlanda.
O segundo é a alegação de que, porque o Reino Unido tem um grande déficit comercial com outros países da UE, eles precisam mais do mercado britânico do que a Grã-Bretanha precisa do deles. Este argumento pode ser facilmente contraditado já que a Grã-Bretanha é responsável por apenas 10% das exportações da UE, enquanto a UE representa quase metade da Grã-Bretanha. Acresce, que a maior parte do déficit comercial britânico com a UE é, com apenas dois países, Alemanha e Espanha, e um acordo comercial deverá também ter o visto dos outros 25 membros também.
O terceiro argumento é que um pós-Brexit a Grã-Bretanha poderia estabelecer novos acordos de livre comércio com rapidez No entanto, o The Economist tem dúvidas que assim seja. Negociadores difíceis como os sul-coreanos não são susceptíveis de oferecer à Grã-Bretanha as mesmas condições que deram à UE. Estados Unidos, China e Índia deixaram claro que estariam mais interessados num acordo com a UE de que um isolado com a Grã-Bretanha. Quando se trata de abrir a China para o comércio, diz o The Economist, a influência de negociação do maior mercado do mundo supera de longe a Grã-Bretanha sozinha.
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