quinta-feira, 9 de junho de 2016

UBER II



Enquanto em Portugal, a questão do estatuto jurídico de Uber continua a ser debatida, a cidade de Austin (Texas) acabou de votar a favor da regulamentação do serviço prestado pelas viaturas de turismo com condutor.

Este referendo realizado no passado sábado, em Austin é um pouco inusitado. Os cidadãos pronunciavam-se sobre a obrigação dos motoristas da UBER fornecerem às autoridades as suas impressões digitais, uma medida de segurança já aplicada aos táxis. Recorde-se que nos EUA o cidadão não tem Bilhete de Identidade ou Cartão de Cidadão. O “a favor" ganhou, e as duas empresas visadas, Uber e Lyft, decidiram deixar a cidade em vez de se submeterem a este regulamento.

"Partir em vez de obedecer," é a estratégia que parece adoptar UBER por estes dias. No Québec, pelas mesmas razões como no Texas, a empresa da Califórnia ameaça o governo de suspender as suas actividades se for obrigada a respeitar as mesmas regras dos táxis. O presidente da câmara de Montreal, Denis Coderre, não se comoveu e respondeu a esse ultimato com um "Bye bye" mordaz.

Por cá o regulador (Autoridade da Concorrência) em Dezembro de 2015 afirmava que “estava disponível para colaborar no desenho do enquadramento regulatório que integre as actividades da chamada economia partilhada e que salvaguarde os princípios da concorrência”

Mais recentemente em Junho deste ano a Autoridade da Concorrência considera que o quadro regulamentar actual para os serviços de transporte não estão a ser capazes de lidar com as alterações do Mercado. Nesse sentido, a Concorrência vai avançar com "um estudo aprofundado" para perceber se a actual legislação necessita de ser revista com a introdução de novos serviços como o Uber ou o Airbnb.


Em Nova York, a empresa concordou que os seus motoristas se submetem-se à recolha de impressões digitais ...

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