Recentemente veio a lume, o escândalo das falsas publicações científicas, que a revista TIME deu relevo na sua edição de 8 de Agosto.
Por $14 000 uma pessoa pode ser co-autor de uma novo trabalho de investigação na área do cancro. Se quiser acrescentar um amigo, o custo é de $26 000.
Estes são - ou eram - os valores pedidos por uma publicação chinesa para tornar a vida mais fácil aos académicos que precisam de um impulso para uma rápida carreira. "O trabalho pesado pode ser deixado para nós", prometeu o documento de vendas. "O nosso serviço pode ajudá-lo a fazer progressos no seu percurso académico!"
O golpe foi exposto pela revista Science em 2013, mas ninguém acreditou que isso significava o fim de fraude científica. Com uma concorrência crescente para cargos efectivos em universidades e lugares em hospitais de prestígio, a tentação de falsificar resultados, ajustar dados e inventar estudos por atacado, levou alguns cientistas para lado mais escuro.
A 18 de Agosto, Springer, uma grande empresa de publicação académicas, anunciou que tinha retirado de 64 papers devido a irregularidades no processo de peer-review. Isto foi precedido de uma recolha similar de 43 papers em edições da Springer do final do ano passado. Nos anos 2000, eram retirados em média 30 trabalhos de pesquisa por ano; Só em 2011, este valor foi de 400.
O site Retraction Watch - a sua própria existência diz-nos muito - mantém um olho atento sobre este tema. O site inclui um ranking listando os 30 cientistas em todo o mundo com o maior número de trabalhos retirados das respectivas publicações. O vencedor: Yoshitaka Fujii, um especialista japonês em náusea no pós-operatório, o que é obviamente uma má notícia para Fujii, mas também tem implicações para todos nós, já que contamos que a investigação na medicina, agricultura e química, por exemplo, seja sólida em ordem a melhorar - e até mesmo salvar - vidas.
As revistas mais conceituadas não publicam trabalhos sem a sua revisão por especialistas da área científica (pares) que leram os trabalhos, assinando os seus comentários. Mas encontrar os especialistas não é tarefa fácil. Com um número estimado de 1,8 milhões de artigos publicados a cada ano em mais de 28.000 revistas - Springer sozinha publica 2.000 títulos - torna-se difícil disputar os especialistas necessários para passar horas ou dias a rever trabalhos de outras pessoas.
Às vezes, os autores recomendam colaboradores, que podem ser perfeitamente bons cientistas, mas que também podem ser seus colegas, estudantes de pós-graduação ou amigos. Um esquema fraudulento foi divulgado na revista Nature, onde o autor de um trabalho se recomendava a si mesma, usando o seu nome de solteira.
Às vezes, os autores recomendam colaboradores, que podem ser perfeitamente bons cientistas, mas que também podem ser seus colegas, estudantes de pós-graduação ou amigos. Um esquema fraudulento foi divulgado na revista Nature, onde o autor de um trabalho se recomendava a si mesma, usando o seu nome de solteira.
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