terça-feira, 22 de setembro de 2015

Porque o valor das ações da Volkswagen deram um trambulhão.



A 21 de Setembro, o valor das acções da Volkswagen (VW), o maior fabricante automóvel do mundo por unidades produzidas, caiu 17% em apenas um dia. Os investidores “despejaram” as suas ações da empresa depois desta ter sido acusada pela Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA) de falsificar os ensaios de emissões nos seus automóveis a diesel. As emissões gasosas quando em teste estavam dentro dos limites da legislação americana, mas logo que o automóvel ia para a estrada o programa, deixava de limitar as emissões e elas eram superiores. Embora o CEO da Volkswagen, Martin Winterkorn  tenha pedido desculpas por falsificar os dados, a VW para além de enfrentar uma multa de US $18 biliões nos EUA pode ainda fazer face a um valor mais elevado se os reguladores descobrirem que esta prática foi adoptada na Europa e na Ásia.


No entanto, a queda no preço das ações da empresa não é simplesmente o resultado da dimensão da coima potencial. O valor final pode muito bem baixar, especialmente se VW cooperar com reguladores. Os investidores estão também assustados com outros problemas, e que o mais recente escândalo agravou.

VW tem como objetivo de construir mais de 10 milhões de carros por ano, em ordem a tirar proveito das grandes economias de escala que existem nesta indústria. Mas os seus esforços para crescer parecem ter vacilado. A sua quota de mercado na América - que era de 2,2 % no ano passado é menor do que Subaru - está agora a encolher, juntamente com o seu volume de negócios na China. Mesmo as suas vendas não estão a ter a rentabilidade desejável. A maioria dos seus lucros são agora realizados pelas marcas não-VW , com margens na Audi mais de seis vezes superiores aos da VW. Podem estar ainda latentes mais problemas. Especialistas dizem que o recall de 500.000 carros vendidos nos Estados Unidos como resultado deste problema com o teste das emissões, podem atingir uma dimensão  ainda maior nos próximos tempos.


Fonte: The Economist e Agência Protecção Ambiental EUA (EPA)

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