Clark Terry (14.12.1920-23.2.2015) morreu ontem e segundo o jornal Público de hoje, foi a mulher que deu a notícia no site do músico: "O meu marido partiu em paz, rodeado pela família, estudantes e amigos. Juntou-se à banda do paraíso onde tocará e cantará com os anjos". Para além do trompete, foi cantor e chefe de orquestra.
Clark Terry, Miles Davis, Chet Baker e Wynton Marsalis, este último vivo e de boa saúde, são os meus favoritos no trompete de Jazz. Com a excepção de Chet Baker, tive a sorte de os ver a todos ao vivo.
Gostava da pureza do seu som e dos seus solos de flugelhorn, um trompete um pouco maior que o habitual, com um som mais grave e doce.
Vi-o ao vivo no Parque de Palmela em Cascais no âmbito do Estoril Jazz de 1993, integrado na orquestra de Lionel Hampton (Lionel Hampton & His Golden Men of Jazz), ao lado Al Grey, Harry "Sweet's Edison (na foto acima ao lado dele), Benny Golson, Junior Mance, Jimmy Woode e Panama Francis. Recordo com saudade a sua alegria contagiante que levava o público a sorrir durante os seus solos. Ficou-ne na memória o espectáculo destes grandes interpretes de Jazz que não é fácil de reunir numa só sessão. Felizmente que a TDK editou um DVD gravado ao vivo na Munich Philharmonie, que nos permite reviver este alto momento do Jazz "clássico".
Deste grupo estão vivos o sax tenor Benny Golson (25.1.1929) que tem doze concertos agendados para este ano, infelizmente todos nos EUA, e o pianista Junior Mance (10.10.1928) que em 2013 editou um CD a trio com o baixista Hidé Tanaka e a violinista Michi Fuji.
Clark Terry marcava em voz alta o início de cada novo tema com: "One, two, you know what to do", daí o título deste post.
Tive o prazer de assistir também ao citado concerto.
ResponderEliminarOs anos volvidos não apagaram da minha memória a energia, vitalidade e juventude daquele grupo de ansiãos em palco.