quinta-feira, 23 de julho de 2015

My dear girl, there are some things that just aren't done, such as drinking Dom Perignon '53 above the temperature of 38 degrees Fahrenheit.


Os filmes de James Bond são quase sempre o mesmo: Bond é enviado para um sítio exótico, encontra e seduz uma mulher bonita, é apanhado pelo vilão, escapa, mata o vilão e fica com a rapariga.

Os dados compilados pelo The Economist mostram que dos seis Bonds, Pierce Brosnan foi o mais sangrento, batendo contra uma média de 19 vilões por filme. Enquanto que Daniel Craig, o penúltimo, é particularmente menos bem sucedido. Talvez seja porque bebe mais martinis. Ainda assim, tudo corre o risco de ser sol de pouca dura . No filme de James Bond, "Skyfall", a Heineken pagou para garantir que o herói apenas bebia cerveja. Nem agitada nem mexida, presumivelmente.

Ora um Bond que bebe cerveja não é um Bond aceitável para os seus admiradores. Se o problema é patrocínio, porque não vinho (de preferência branco), um Single Malt (straight) ou um cocktail à base de Rum, teria sido muito mais aceitável para os que gostam dos filmes de James Bond, entre os quais me encontro. Não estou certo de que haja patrocinadores de vinhos e whiskies de malte disponíveis - mas, estou convencido que a Bacardi teria ficado satisfeita em patrocinar o rum. Ou, como último recurso, Bond poderia ter mudado para Black Label com gelo (com um twist de limão - espremido mas não agitado ou mexido).

Não possuo dados para comparar o sucesso económico do Skyfall, e se foi capaz de obter o mesmo êxito que os anteriores, mas tenho saudades de Sean Connery com o seu famoso Dry Martini, shaken, not stirred em Diamonds are Forever, o meu filme favorito de James Bond.

quarta-feira, 22 de julho de 2015

O Post-2009 e a bolha imobiliária no norte da Europa.


Hoje escrevo sobre as bolhas imobiliárias no norte da Europa, em particular da Holanda, e o alto endividamento das famílias naquele País. Mais um povo, que não sendo do sul, tem “gasto acima das suas possibilidades”.

A recessão post Lehman Brothers mostrou os perigos do endividamento das famílias. Nos EUA, o processo de desalavancagem das famílias reduziu os seus gastos, mantendo o desemprego elevado e a economia deprimida. Em Portugal, Espanha e na Irlanda, as famílias e o governo foram forçados a cortar abruptamente nos gastos, empurrando as economias de ambos para recessões dolorosas.

Enquanto os preços da habitação na Holanda têm baixado moderadamente desde 2008 depois de duplicarem desde o final dos anos 1990, eles ainda estão firmemente em território-bolha, de acordo com a The Economist. O mercado imobiliário da Holanda está entre os mercados imobiliários mais sobre-valorizadas do mundo, sobre-valorizados em mais de 25% de acordo com o rácio preço-to-income e  price-to-rent, medidas comuns de avaliação do mercado imobiliário. Como muitos países nas últimas décadas, os Países Baixos envolveram-se numa farra de empréstimos hipotecários que levaram os preços para uma bolha imobiliária, sobrecarregando os lares holandeses com um nível de endividamento das famílias que exceda 240% do rendimento disponível, o nível mais elevado na zona euro euro. 

No entanto a economia Holandesa tem sido uma das economias mais resilientes do mundo desenvolvido ao longo da crise, certo? O desemprego é inferior a 5%, e o governo não tem ainda nenhum problema de financiamento da sua dívida, o que é uma espécie de conquista na zona euro de hoje.

Então, porque não é a dívida das famílias Holandesas mais um problema para a economia? Na verdade, tem tudo para vir a ser um problema. Os Países Baixos registaram um pico na contracção do PIB de 4,9%, em comparação com 5,2% em os EUA - mas o PIB holandês ainda tem que recuperar para o nível pré-crise. O PIB dos EUA já ultrapassou nível da pré-crise no terceiro trimestre de 2011. A Comissão Europeia espera um crescimento anémico do consumo privado nos Países Baixos. Isto é um sinal que as famílias holandesas estão a cortar nas suas despesas devido ao seu endividamento. A partir de 2009 os Países Baixos tiveram uma queda menor no consumo do que seria de esperar de um país que viu os níveis de endividamento das famílias a subir ao longo da última década de forma dramática. 

A Bélgica, que é a sexta maior economia na zona do euro, tem visto os preços do imobiliário subir aproximadamente para o dobro desde 2000, com uma pequena paragem durante a crise financeira de 2009. Quando os preços dos imóveis atingiriam o ponto mais alto em 2011, a revista The Economist incluído o mercado imobiliário belga numa lista de mercados imobiliários que foram sobre-valorizados em 25% ou mais de acordo com o rácio preço-to-income e descreveu o mercado como "mais sobrevalorizado do que EUA no pico de sua bolha.”

Num padrão semelhante ao de outros mercados imobiliários do norte da Europa, os preços dos imóveis na Suécia quase triplicaram desde meados da década de 1990. Os preços dos imóveis suecos estão sobrevalorizados, actualmente em 120% nos dados históricos do do seu price-to-income e 140% no seu rácio price-to-rent. A fase mais recente da bolha imobiliária na Suécia é alimentada por taxas de juros hipotecárias que caíram de 6% em agosto de 2008 para um pouco acima de 3%, com as hipotecas de taxa variável abaixo dos 2%. 

terça-feira, 21 de julho de 2015

Os relógios suíços, são um valor de refúgio para os Gregos.

As exportações suíças para a Grécia caíram, com excepção dos relógios.

Entre Janeiro e Maio deste ano, as vendas de produtos suíços destinados à Grécia caíram 11% face ao período homólogo, o sector farmacêutico (dois terços das exportações) exportou menos 15%, e o das máquinas e electrónica caiu 43%. Os números para o mês de Julho não estão ainda disponíveis, mas é provável que a introdução do controlo dos fluxos de capitais tenha reforçado a tendência para a baixa nas importações de bens suíços.

Nem todos os sectores das exportações estão em queda. A indústria relojoeira suíça, segundo sector mais importante a escoar os seus produtos para a Grécia, registou um incremento de 26% nas suas exportações entre Janeiro e Maio de 2015. 

Os empresários suíços de relojoaria explicam este número, por duas razões: a primeira pelo desenvolvimento do turismo no País, a segunda explicação prende-se com o facto de os Gregos estarem a investir em relógios suíços como se o fizessem com uma moeda de refúgio. 

Pode ter sido Sol de pouca dura, já que se desconhecem os eventuais efeitos nas restrições de pagamentos sobre as vendas, resultado do controlo de fluxos de capitais implementado há 3 semanas.

segunda-feira, 20 de julho de 2015

Sem papas na língua, Schauble some e segue.


O ministro das Finanças alemão é um seguidor da linha pura e dura. Quinta-feira, durante um debate, afirmou: "A França ficaria contente se alguém forçar o Parlamento, mas é difícil, é a democracia". Para o nosso Ironman alemão, determinado a submeter a Grécia, a democracia é, portanto uma restrição, e o povo é sem dúvida um adversário.

O democrata Schäuble está em qualquer caso, muito seguro das suas ideias, e informa-se nas melhores fontes, "Se você falar com os meus amigos franceses, Michel Sapin ou Emmanuel Macron, explicou, eles têm longas histórias sobre os problemas de convencer o público e o Parlamento da necessidade de reformar o mercado de trabalho."

Ao invés de "convencer", Schäuble, portanto, defende a flagelação. Em algum lugar, há uma lógica. Mas a afirmação corre o risco de ser acusada de germanofobia. Enquanto ninguém se atreverá de acusar Schäuble inclinações "democratofóbicas".

quarta-feira, 15 de julho de 2015

O drama dos fluxos migratórios


Até à última primavera, o drama de Lampedusa de Outubro de 2013, no qual 366 migrantes encontraram a morte, era a maior tragédia migratória no Mediterrâneo neste início do século XXI.

No passado dia 19 de Abril, o desaparecimento de pelo menos 700 pessoas num naufrágio ao largo da Líbia surge como "uma hecatombe jamais vista no Mediterrâneo" segundo António Guterres, Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados.


Este choque provocou felizmente uma tomada de consciência na Europa. A "globalização da Indiferença", segundo as palavras do Papa na sua visita a Lampedusa, não foram muito felizes, mas a Comissão Europeia aprovou um plano que reforça os meios financeiros para as operações de busca e salvamento no âmbito do FRONTEX (Agência Europeia para a Gestão da Cooperação das Fronteiras Exteriores da União), em particular para a sua missão Triton (cujas as operações de vigilância  marítima se desenvolvem no sul da Sicília).

Também é relevante uma melhor repartição dos pedidos de asilo entre os países membros da União Europeia. Segundo os acordos de Dublin, é Itália, o primeiro país de acolhimento, que deve tomar conta dos refugiados. Mas é uma responsabilidade imensa: A Itália deu acolhimento em 2014 a 170 000 migrantes e a mais 50 000 este ano. O novo mecanismo temporário de retribuição dos migrantes que tenham direito a asilo político (Sírios e Eritreus, sobretudo) deverá aliviar as autoridades italianas. Mas sabemos já que isto não será suficiente. A Itália continuará na primeira linha, e bastante sozinha. Ora existe uma maneira de ganhar, sem muitos esforços, a "guerra contra os traficantes de pessoas" como declarou Matteo Renzi: não fechar ainda mais as fronteiras mas abri-las.

Fora do debate político, existe uma reflexão serena e lucida de intelectuais a este propósito, que não cede a nenhuma ideologia ou demagogia. Alguns investigadores universitários explicam que uma abertura de fronteiras seria o remédio - impopular - mais evidente para tornar menos caótico e dramático o afluxo migratório dos migrantes para a Europa.

O grupo de investigadores franceses da agência MobGlob (Mobilité mondiale et gouvernance dês migrations) estudou vários casos, como a fronteira entre os Estados Unidos e o México e a da China com o Japão. As suas conclusões: ninguém pode dissuadir aqueles que estão determinados a partir. A migração tem causas estruturais. Por outro lado, os migrantes estão prontos a sacrificar a sua vida, como temos observados ao longo dos últimos anos. Neste relatório, MobGlob cita o exemplo da abertura da fronteira entre a India e o Nepal. Contrariamente ao que poderíamos esperar , a experiência mostra que a supressão de uma fronteira não aumenta os fluxos, mas permite somente uma melhor circulação dos migrantes entre países, e o negócio dos traficantes de pessoas terminaria.

A hipótese de MobGlob será dificilmente aceite pelas instituições em Bruxelas, a ainda menos pelos governantes dos diferentes países, que temem o crescimento dos partidos xenófobos. Há portanto um largo debate entre os universitários e as ONGs com o fim de abandonar a defesa de uma "fortaleza" que será no futuro ineficaz - em 2014, o fluxo de migrantes aumentou em 154% - e frequentemente fatal para milhares de pessoas. A Federação das igrejas protestantes de Itália (FCEI) e o movimento católico Sant' Egidio propuseram-se a financiar a colocação de guichets humanitários em Marrocos. Outras soluções estão estão encaradas, como facultar visas para melhor controlar os fluxos.

É irrazoável não alargar o debate sobre uma situação que não vai desaparecer tão depressa. As fronteiras nunca estiveram tão fechadas e os fluxos migratórios nunca foram tão elevados. Porém, a Europa conhece um declínio demográfico, muitas empresas procuram trabalhadores e os países não sabem como preservar, em algumas décadas, a sustentabilidade do estado previdência. Por outro lado a alocação dos meios e pessoas para parar os migrantes representa um custo elevado para os contribuintes, que pode aumentar no seguimento de decisões da União Europeia.

Este debate não foi ainda aberto em Bruxelas nem em nenhuma capital europeia. Ele continua à porta fechada nas ONGs e investigadores universitários. Tudo está a ser feito para defender a "fortaleza Europa". Evocámos já um bloqueio naval, o aumento de patrulhas no mar, a utilização de drones para neutralizar as embarcações antes da sua saída para o mar. Uma pessoa morre cada dois minutos no Mediterrâneo, o Mare Nostrum, berço da nossa civilização. Uma "guerra" que toda a gente ignora quando será ganha, e se será um dia ganha.

terça-feira, 14 de julho de 2015

"What everybody needs to know about the deal to save Greece — and what happens next"

Reproduz-se na íntegra o texto publicado ontem por Matt 0'Brien no The Washington Post, dada a análise extensa e factual sobre a situação na Grécia e na União Monetária.

By Matt O'Brien July 13 at 9:38 AM


Italian Prime Minister Matteo Renzi, center, speaks with Greek Prime Minister Alexis Tsipras, left, and German Chancellor Angela Merkel. (Geert Vanden Wijngaert/AP)

There's a deal, and it seems Greece won't be leaving the euro zone, at least any time soon. 

In the end, Europe's wealthy powers decided to grant Greece a new lifeline in exchange for new budget-cutting and tax-hiking measures, and Greece is slated to avoid a sudden banking collapse that would probably have forced it out of the 15-year-old currency pact.

The agreement in Brussels on Monday probably avoids not only an economy-crushing event but also a major reversal for 60 years of increasing European unity. But the story is far from over, with Greece in line for years of economic adjustment (read: pain), and many new doubts about the long-term potential of the euro zone and its capacity to turn the continent into the United States of Europe.

Here are the basics of what's happening, how we got here, and what it means for Greece, Europe and the rest of the global economy.

1. What's the situation right now?

After a marathon negotiating session, Europe's leaders came to an agreement on a deal to continue financial assistance to Greece in exchange for significant concessions. It's a complicated, and still somewhat tenuous, accord.

What Greece must do
  • By Wednesday, Greece's ruling party, Syriza, must pass a host of policy changes as a show of good faith. Those include cuts to public pensions and sales tax increases demanded by Europe to increase Greek budget surpluses.
  • Then, over the following days and weeks, it must take other steps to modernize its economy, such as introducing fresh competition to a host of industries from bakeries to drug stores, privatization of the state's power company and changes to labor laws that would would loosen the power of labor unions and make it easier for companies to fire workers.
  • Greece must also contribute 50 billion euros of privatized assets -- such as state-owned companies -- to a fund that will help Greece pay off its debt. A quarter of this fund could be used as a domestic economic stimulus, which could grow the economy and generate additional raise tax revenues for debt repayment. (1 euro buys $1.11.)
What Europe will do 
  • In coming days, Europe will advance a loan of 10 billion euros to help Greece make a 3.5 billion euro payment due to the International Monetary Fund on July 20 and keep its banking system alive. Germany will vote on the agreement as soon as Friday
  • This is not part of the formal agreement, but it's widely assumed that the European Central Bank, which has been funding Greek banks with emergency loans, will continue that help in light of the deal
  • After Greece passes initial reforms, Greece will receive up to 77 billion more euros over three years. About a third of that will be used to strengthen its banking system, which has been shut down for two weeks amid rapidly declining deposits.
  • Europe will also commit to review Greece's total debt burden, potentially giving the country more time to pay it back. But Greece will not get the reduction in face value of the debt that it has asked for.
The risks ahead

The main dangers ahead appear to be political. The latest round of the crisis, after all, began after Greece elected Syriza, an anti-austerity party, to form the government. It is possible that domestic political upheaval in Greece could, in coming days or months, unravel the agreement with Europe. And given that Greece is now likely to undergo a period of long economic pain, that might increase the risk of political instability.

More immediately, the process for reopening the banks or easing capital controls, which prevented Greeks from moving money offshore, still needs to be worked out.
But for now, the euro zone stays intact.


2. What led to the deal?

The deal is virtually the same one that Greece's leadership rejected two weeks ago, that Greece's voters rejected one week ago -- except that it is harsher in places, such as the establishment of the asset fund to pay off debt.

Two weeks ago, Greek Prime Minister Alexis Tsipras, the leader of Syriza, broke off negotiations over a similar European offer of fresh financial assistance in exchange for tough new austerity measures, and called a referendum on it instead. Europe's leaders weren't exactly pleased, and they insisted that voting against the bailout would mean voting to leave the euro zone. Despite this, Tsipras campaigned against the deal, because he said rejecting it would give him the bargaining power to get better terms — and he unexpectedly won in a landslide.

It was an empty victory. Tsipras had just as much leverage after the referendum as he had before it: none. Athens had already had to close Greece's banks when the European Central Bank refused to provide more of the emergency loans that they rely on to stay afloat, in light of the referendum. The economy began to shut down. Tsipras had no choice but to comply with Europe's demands if he wanted to keep Greece in the euro — which he, and the Greek people, did. That's why Athens capitulated a few days later and proposed almost the same bailout that it and the voters had just turned down. The Greek parliament quickly ratified this surrender.

But even though Greece was now willing to meet Europe's old terms, that wasn't enough. The sticking points had been how fast Athens would phase in pension cuts for poor Greeks and how high the sales tax would be at the country's island hotels. Greece quickly yielded on most of these points. The big problem was that Greece had destroyed its credibility with Europe, particularly the Germans. Europe didn't trust Syriza and didn't want to deal with them.

And for a time, it looked like there would be no deal. Germany had circulated to other countries a plan to force Greece to take a five-year "time-out" from the euro, and Finland had said it couldn't sign off on a deal or its anti-bailout government would collapse. But ultimately, blowback from other countries wanting an end to the crisis, including France and Italy -- as well as pressure from the United States -- gave momentum to those favoring a deal.

In the end, Europe couldn't quite demand that Greece expel its democratically elected government. So it decided it had to stiffen the cost of assistance and require that Syriza prove it could pass reforms first.

3. What was at stake here?

The numbers were never really key here. The ultimate bailout represents only a fraction of a percentage of the total economic output of the euro zone.

The debt was never really the big issue here. Greece is never going to pay back all its debt, and the International Monetary Fund has said that. Greece's interest rates are so low and it has so long to pay back what it owes that even though its debt is 175 percent of gross domestic product, its debt payments are a much more manageable 2.6 percent of gross domestic product. That's less than the U.S. government's debt payments.

Nor was Greece much of a threat to Europe's economy. Greece's economy is only about 2 percent of the euro zone's total. The ECB has erected a firewall and would do all it can to make sure any financial explosion is contained. Investors in Europe and around the world have had five years to detach from Greece.


So what was behind all this? The best way to think about why something so small still matters so much is to think about how we got here in the first place. Whenever a country borrows too much, the IMF usually recommends that it write down its debts, balance its budget and devalue its currency. The idea is that it's pointless to try to pay back more than you can — it can actually be self-defeating — but you also need to become fiscally self-reliant so you don't have to go back for one bailout after another.

The tricky thing, though, is that at the same time you're raising taxes and cutting spending, which hurts the economy, you need to get it growing again. That's why the IMF prescribes a big dose of monetary stimulus — that is, a cheaper currency — to offset the economic pain from fiscal austerity.

But this isn't what happened in Greece. Well, aside from the austerity. It did get a lot of that. What it didn't get, though, was a cheaper currency or enough debt relief. See, back in 2010, policymakers were petrified that the euro zone was like a line of dominoes just waiting to get knocked over by the weakest link. If Greece defaulted on its debt, the French and German banks that had lent it money might go bust, and the banks that had lent them money might, too. Not only that, but default also might force Greece out of the euro, at which point markets would begin to bet against whatever they thought was the next weakest link. That would push up borrowing costs for, say, Portugal and make it more likely that it would, in fact, default, which would then push up borrowing costs for Spain. In other words, Greece wasn't allowed to default, even though it needed to, because doing so threatened to set off a series of self-fulfilling prophecies that could have ripped the common currency apart.

So Greece got bailed out to the extent that it was given money to then give to the people to whom it owed money. That was good news for French and German banks that got their money back, but it wasn't for Greece. It still had as much debt as before, only now it owed official creditors such as the IMF instead of private ones like the banks. Since 2008, Greece's debt burden has shot up mostly because of its economy getting smaller rather than its debts getting bigger.

The Europeans faced a choice, but the problem was they don't how what they decide will turn out. It was possible that ejecting Greece from the euro could actually make it easier for the rest of the euro zone to come even closer together. Or ejecting it could have been the end of the dream of a United States of Europe. But in either case, the continent's political future was at stake.

In the end, the Europeans decided they weren't willing to give up on the dream.

4. What's next?

Assuming that Syriza passes the reforms, Europe unlocks the aid, the ECB continues funding the Greek banks, and all goes according to plan, things will go back to normal, or what we refer to as normal when a formerly rich country is suffering a Great Depression with 25 percent unemployment.

Syriza would implement the tough austerity it has promised, unless something else goes wrong, which it might, and Greece's economy would suffer for the foreseeable future. Its unemployment rate would stay elevated, and the brain drain of the country's best and brightest would continue.

As this tweet from RBS Economics shows, Greece has suffered one of the worst economic declines in modern history, especially considering that it is not at war.

Greece's GDP collapse is among the worst advanced economy falls since 1870. And most of those were war-related. 

Over time, as reforms start to have an impact on the Greek economy and the crisis abates, Greece might start to grow again. That is what happened last year, after all, before the latest round of crisis.

5. What does the deal mean for the European and global economies?
  • Europe: Europe avoids substantial losses. Greece's government had previously received 240 billion euros in loans, and the ECB had on the line 89 billion in euros of loans. Much of that could have been lost in a default. The deal also prevents any financial contagion in other weak countries such as Italy, Spain and Portugal. The euro is likely to stay stronger, which actually isn't great for European growth since it weakens export competitiveness.
  • The United States and everybody else: We can start worrying about other things like the state of China's economy and whether and by how much the U.S. Federal Reserve hikes rates later this year.
6. What's the history to all this?

As the culmination of Europe's 60-year project toward greater and greater integration, the euro was a political masterstroke. It was also an economic albatross. And it's one that wasn't hard to see coming. Plenty of economists, including Nobel Prize winner Milton Friedman, warned that it wouldn't work for countries with different economic needs to share a single monetary policy but not a fiscal policy. At any given time, money would be either be too tight or too loose for some members, and there wouldn't be anything — like unemployment insurance — to balance it out. The euro, in other words, is a paper monument to peace and prosperity that has made the latter impossible for some countries.
None more so than Greece. Its big bubble in the early 2000s was the result of interest rates that were too low for it, and its big bust since is, in large part, the result of a currency that has been too strong. With a stronger economy and much less debt, Germany should have always paid less to borrow. But investors treated more risky Greece and Germany the same for years, because they were both part of the euro.

When the debt crisis started, though, investors abandoned Greece and rushed for safe havens such as Germany (and U.S. Treasury bonds).

Now, instead of being able to devalue its way back to competitiveness, Greece has been forced to deflate its economy. That is, it has had to cut wages — which makes unemployment worse — rather than cut its currency. It's the same problem that the gold standard created during the 1930s.


The charts show why Greece wanted to take control of its own future. It is suffering the worst unemployment on the continent — worse than unemployment in the United States during the Great Depression — and even worse unemployment among its young workers. When they see that one in two young Greeks is unemployed — a problem that will cast a shadow on the Greek economy for generations — Greece's leaders wanted a different course.

The European Commission, the European Central Bank and the International Monetary Fund — "the troika" — were giving Greece the money it needed to function and to, well, pay the troika back. The IMF, in particular, insisted that Greece cut its pensions by 1 percent of gross domestic product, and Greece initially responded that it was willing to cut them only half as much and make up the difference with higher taxes on businesses. When they couldn't come to an agreement, Tsipras called for the referendum.

That led to not only a political escalation of the crisis — but an economic one. There has been a slow-motion bank run the past few months — a bank jog, really — that has picked up pace as it has appeared as if there wouldn't be a deal. That's because people were worried that Greece would be forced out of the common currency without one, and their old euros would get turned into new Greek drachmas, which wouldn't be worth anywhere near as much.


So when there wasn't a deal, Greece was forced to close its banks, limit ATM withdrawals to 60 euros a day and prevent people from moving their money abroad in a capitulation to this panic. Then Greece defaulted on a 1.5 billion euro payment to the IMF. That wasn't surprising. Greece didn't have 1.5 billion euros. It didn't have anything. It's broke.

The Washington Post

segunda-feira, 13 de julho de 2015

Goodfellas

Dos actuais dirigentes que gerem os destinos da Europa, escolhi cinco, pelas trapalhadas em que estão, ou estiveram envolvidos. É com esta gente que temos que lidar, para mal dos nossos pecados. É já um lugar comum que nos faltam estadistas na Europa, mas não há dúvida que estamos a ser governados, com raras excepções, por pessoas sem estofo para os actuais desafios da Europa.


Christine Lagarde a directora geral do FMI é alvo de uma investigação formal pela justiça francesa. A antiga Ministra das Finanças do Presidente Sarkozy, é suspeita de “negligência” no que se refere ao pagamento 400 milhões de euros pelo Estado Francês a Bernard Tapie, para fechar um acordo após uma longa litigância com o Crédit Lyonnais, banco estatal que colapsou no início da década de 90, depois de um conjunto de empréstimos feitos sem o rigor necessário nas avaliações de risco. 

Este acordo, feito em 2008, foi feito menos de um ano depois de Tapie dar um forte suporte à campanha de Sarcozy para as presidenciais de 2007. No sistema judicial Francês, ser colocado sob investigação formal, significa que a justiça acredita que foi cometido um crime, que de acordo com a lei a pena máxima pode ser de um ano de prisão.


Jean-Claude Juncker, ex-ministro das Finanças e primeiro ministro do Luxemburgo esteve também envolvido num escândalo, com esquemas de benefícios fiscais a empresas multinacionais, fora do quadro legal do seu País. Foram beneficiadas empresas como a Shire, Icap, Disney, Reckit & Benckiser, Skype e as indústrias Koch. O império Koch é o segundo maior negócio privado nos EUA e é controlado por irmãos Koch que financiam as campanhas políticas do Partido Republicano.

Em entrevista ao jornal de esquerda Francês Libération afirmou:  “Subjectively speaking, I’ve nothing to blame myself for any more than others have, and I should add that European governments have said nothing following these articles. But, objectively speaking, I am weakened because LuxLeaks suggests that I took part in operations that did not follow basic ethical and moral rules. There are many doubts in the minds of numerous Europeans and I’m profoundly sad about that,”

Não obstante, conseguiu o voto de confiança do Parlamento Europeu para Presidente da Comissão.

Este escândalo levou a que vários líderes europeus pedissem um maior avanço na harmonização fiscal na UE.


No ano 2000, Wolfgang Schaeuble, o líder da União Democrata Cristã (CDU), renunciou de seus cargos de liderança após um escândalo de financiamento de campanha eleitoral. Depois de alguma hesitação, Wolfgang  Schäuble, admitiu ter aceite 100.000 marcos (51.130 €) de contribuições em dinheiro para o partido, de um lobista alemão-canadiano ligado ao negócio das armas. 

A partida de Schaeuble foi saudada pelos empresários alemães, como um passo para que os Democratas Cristãos ganhassem uma voz no debate sobre a reformas económicas. "A renúncia de Schaeuble é um gesto generoso, porque ele não estava entre os principais perpetradores", disse Hans-Olaf Henkel, presidente da Federação Alemã da Indústria, ou BDI, e um crítico ferrenho do chanceler Schroeder. "Isso abre o caminho para uma oposição mais forte. Eles não podem deixar o papel da oposição apenas ao BDI.”

Este escândalo, abriu o caminho para Angela Merkel chegar a chanceler da Alemanha.


Ainda na senda dos finaciamentos ilegais a partidos políticos, em Espanha após recolher o testemunho de dezenas de pessoas, entre empresários e dirigentes do Partido Popular, um juiz chegou à conclusão que pelo menos uma parte do conteúdo dos papeis do tesoureiro do PP, estava certo, e portanto, a formação conservadora financiou-se ilegalmente durante 20 anos. O tesoureiro do PP, Barcenas, afirmou que o PP recebeu, por baixo da mesa, entre 1990 e 2009, mais de 8 milhões de euros em donativos ilegais. Este dinheiro serviu, segundo o registo de pagamentos, para pagar extra-salários aos dirigentes do PP, Mariano Rajoy e Rodrigo Rato entre outros.


O ministro das Finanças holandês alterou a sua biografia oficial retirando um MBA na Universidade de Cork na Irlanda.

A biografia de Jeroen Dijsselbloem, ministro das Finanças da Holanda e presidente do Eurogrupo, está publicada nos sites oficiais da internet das instituições europeias, incluindo o Banco Europeu de Investimento. Aquela referia inicialmente um MBA na Universidade de Cork (UCC).

Entretanto, Dijsselbloem nunca obteve um diploma na UCC, já que não existe tal pós-graduação em Cork, tendo a sua biografia que ser alterada para: "did business economics research towards a master's degree at the University College Cork.” Dijsselbloem só passou um par de meses na UCC realizando pesquisas no campo do "Food Business”.

Consultando a página do governo Holandês, pode-se constatar que o MBA foi substituído pela frase “did business economics research towards a master's degree at the University College Cork.”

sexta-feira, 10 de julho de 2015

Reduz-se a diferença nos custos de fabricação graças ao "fracking" (*)




Até que ponto o boom do fracking ( *processo de injecção de um líquido a alta pressão nas rochas subterrâneas, para forçar a abertura das fissuras e extrair petróleo e gás) é uma boa notícia para a manufactura nos EUA? De acordo com a Boston Consulting Group (BCG) graças à abundância de petróleo e gás natural nos EUA os custos de energia caíram abruptamente, e os preços da eletricidade para a indústria situam-se 30 a 50% mais baixos que os dos outros principais países exportadores. Em resultado desta nova realidade a BCG calcula que o custo médio de produção é agora apenas de 5% superior ao da China.

Com esta pequena diferença, os fabricantes estão menos motivados à deslocalização das suas produções para a China, refere a BCG. Esta consultora prevê que os custos de produção nos EUA sejam inferiores aos da China em 2018.


A electricidade produzida em Portugal no ano passado, com origem nos derivados do petróleo e gás natural tiverem um peso de 12%. Sines e Pego que gastam carvão, contribuíram com 22%. Como a grande fatia do bolo são renováveis, com a hídrica à cabeça, a redução do preço do petróleo para metade, não teve efeito nos preços. 

De acordo com a minha experiência dos últimos 15 anos, a comprar energia eléctrica EE para a indústria, em Portugal a EE sobe se o petróleo subir de preço e este mantêm-se se o preço do petróleo baixar. 

Estamos menos dependentes do preço do petróleo do que há 10 anos, a obter mais energia a partir de fontes renováveis, e portanto o preço da EE deveria ser significativamente mais baixo do que o que praticava na última década do século passado. Assim não é porque estamos a pagar custos fixos aos operadores. Não obstante os cortes já efectuados nas rendas por o actual governo, elas ainda são excessivas, com repercussões no preço da EE e em consequência na competitividade da nossa industria.

quinta-feira, 9 de julho de 2015

O negócio da Nokia parece ruinoso


Seria difícil para qualquer executivo justificar uma aquisição 7,2 bilhões dólares que 18 meses mais tarde resultou em 7.800 despedimentos, milhões em encargos de reestruturação e um prejuízo de 7,6 biliões dólares. Esta é a situação da Microsoft tem enfrentado, após a compra do negócio dos dispositivos e serviços da Nokia. O acordo foi conduzido pelo ex-CEO Steve Ballmer e fica agora a  pergunta: o que pode executivo-chefe actual Satya Nadella fazer para recuperar em áreas (como os telefones móveis), o que seu antecessor não fez.

terça-feira, 7 de julho de 2015

O dia seguinte na Grécia

A votação de domingo na Grécia - com mais de 60% dos votantes a dizer "não" aos credores europeus - significa que foi cruzada uma linha. As probabilidades da Grécia eventualmente sair do euro passaram de algo menos de 50% para algo mais do que 50%.

Os mercados estão, como resultado, quase em pânico. Para entender a causa dê uma olhada neste gráfico elaborado por Peter Vanham do Fórum Econômico Mundial, que mostra como os detentores da dívida da Grécia mudaram nos últimos três anos. Os governos europeus, o FMI e o BCE possuem agora três quartos da dívida, e eles podem criar todo o dinheiro que precisam para cobri-la. Isso significa que esta crise não é, realmente em tudo uma crise económica - é política.

Excepto na Grécia. Lá, os efeitos económicos são muito reais. Os bancos terão de permanecer fechados até que o BCE forneca mais crédito - o que é improvável, na ausência de um acordo - ou os gregos encontrarem algum tipo de alternativa para o euro - um proto-dracma. Um tempo muito confuso e doloroso pela frente, independentemente do resultado.

Ah, sim, o ministro das Finanças da Grécia, Yanis Varoufakis, demitiu-se. Isto é uma boa novidade para o mundo, mas uma coisa má para os jornalistas. Varoufakis tem sido a fonte de irritação interminável de ministros europeus e diversão sem fim para os escribas - creditando Marx para moldar a sua visão de mundo, comparando a União Europeia ao Hotel Califórnia, e citando Dylan Thomas para descrever a política grega. "Eu causo aversão dos credores com orgulho", disse ele na sua declaração de demissão.

sexta-feira, 3 de julho de 2015

Seja "sim" ou "não" os gregos devem construir um estado.



O referendo pretendido por Tsipras tem, pelo menos um imenso mérito, de pôr em primeira linha o aspecto político da crise grega.

Obcecado com exercícios contabilísticos, o Ministro Alemão das Finanças e os seus funcionários de Bruxelas tem passado longe desta dimensão essencial, preocupado que está com perdas e ganhos. Especialmente com as perdas.

Se a Grécia se encontra aspirada pelo vortex de uma dívida astronómica, deve-se, em grande parte ao facto, dos Gregos considerarem o Estado como um corpo estranho.

“Sob o domínio otomano, o Estado era naturalmente considerado como exterior ao povo grego. De forma clandestina ou por revolta aberta, era portanto necessário opor-se a ele. Depois de uma sangrenta guerra de independência e de numerosos testes de autonomia no seio do império a Grécia tornou-se oficialmente “independente” em 1830. As aspas são necessárias, de facto. Porque essa fachada de independência era uma folha de figueira. Ou melhor, uma esconde-dívida! O país encontra-se, já não sob o controlo dos Otomanos, mas sob o dos “países protectores”, a França, Rússia e o Império Britânico, a Grécia comprou armas a estes países para a sua luta contra os otomanos.” Sim, a dívida pública abissal, é uma longa história!

Otto, also spelled Otho  
                                          


   
 George I ; born Prince Vilhelm [William] of Schleswig-Holstein-Sonderburg-Glücksburg; 





E são as mesmas potências que impuseram os seus reis aos Gregos. Reis estrangeiros: O Bávaro Otto 1º, seguido do Dinamarquês William (George I da Grécia).

Se tivesse havido um nobre Inuit no mercado de coroas, não há dúvida de que os gregos o teriam herdado! Como encarnar o Estado helénico com tais monarquias vindas do frio?”
“De seguida, os Gregos experimentaram uma república de 1924 a 1935. Voltaram à monarquia e tiveram a sua primeira ditadura (do general Metaxas) de 1937 até à invasão nazi. Esta arrasou o país - daí um pesado contencioso entre a Grécia e a Alemanha - causando a morte a mais de 300 000 gregos. Desde o final da ocupação nazi, a Grécia conheceu até 1949, uma guerra civil particularmente sangrenta, cujo o balanço em perda de vidas humanas atingiu os 200 000 mortos.”

Entre 1939 e 1949, os dois conflitos provocaram portanto o desaparecimento de meio milhão de pessoas, o que para uma nação que contava com 7,2 milhões de habitantes em 1939, é considerável. Acresce, que a guerra civil entre comunistas e não-comunistas, dividiu de uma forma durável o povo Grego.


“Considerado pelos gregos, na melhor das hipóteses, como um ectoplasma, e na pior das hipóteses como uma calamidade, o Estado não encontrou muita gente para o defender, se assim não fosse era pouco provável o que sucedeu com poucas famílias poderosas que o fizeram sua propriedade, quase pessoal, fomentando a criação de redes suserania e clientelismo”


As dinastias  Papandreou, Karamanlis et Mitsotakis explicam muito bem esta realidade. E não foi com a ditadura dos coronéis (1967 a 1974) que o povo se reconciliou com o Estado. Neste contexto a fraude fiscal, as cunhas, os pequenos “arranjinhos”, a grande corrupção, tornaram-se regra. As famílias reinantes abotoaram-se dos bens públicos e os armadores gregos tinham como pátria de eleição os paraísos fiscais, para quê aborrecer-se?

A Grécia entrou portanto na EU e na zona euro sem um estado digno desse nome, com hábitos que deviam necessariamente em contradição com regras a observar em matéria orçamental. Tudo isto estava à vista de Bruxelas, Paris, Londres e Berlim, mas não impediu a Alemanha, a França e os restantes a aceitar este novo parceiro, não obstante as suas fraquezas. Os países europeus devem também a sua quota de responsabilidade, e pagar as consequências da sua… inconsequência. Assumir uma parte da dívida é o mínimo (moindre des choses).

Quanto aos Gregos, qualquer que seja o resultado do referendo, eles vão viver anos de vacas anoréxicas. Mas esta rude prova pode também permitir-lhes construir um estado que nunca tiveram a possibilidade de ter de acordo com os seus próprios planos. É o bom momento, já que as grandes famílias que apodreceram a Grécia foram varridas.