segunda-feira, 18 de maio de 2015

Os milionários estrangeiros estão a deixar a Suíça?


A Suiça deixou de ser a terra de acolhimento propícia aos empresários e aos detentores de grandes fortunas. Pelo menos é o que escreve o Le Temps, evocando o número de contribuintes que baixa constantemente desde 2011. O seu número passou de 1 397 há quatro anos para 1 312 em 2014, seguido de 1 260 em 2015, segundo os dados do departamento Vaudois de Finanças. O CEO do líder imobiliário do Cantão de Vaud, observou também esta erosão, evocando naquele jornal a partida de “três grandes fortunas” para a Bélgica e Londres.

É o imposto sobre as grandes fortunas um handicap?

Segundo o think tank liberal Avenir Suisse, um quarto das receitas fiscais na Suiça, são provêm de fortunas e dos seus rendimentos. O imposto sobre as fortunas seria percebido pelos estrangeiros ricos como “anacrónico” e contribuiria para a saída dos contribuintes estrangeiros detentores de grandes fortunas, sobretudo quando este imposto não existe naqueles países.

Os residentes não domiciliados na capital britânica não pagam impostos durante sete anos. Na Suiça este imposto é percebido como uma desvantagem importante em termos de ocorrência fiscal internacional.

Os factos são obstinados, impor impostos sobre as grandes fortunas, não garante que a  colecta vá para aos cofres dos estados que os implementam, pelo menos enquanto existirem estas “oportunidades” fiscais.

Assim, quando o PS na sua proposta económica, pretende recuperar parte da baixa da TSU com imposto sucessório sobre heranças superiores a um milhão de euros, haverá formas de minimizar os valores a herdar, fazendo-os sair de Portugal, para Londres, por exemplo.

Com as recorrentes iniciativas anti-estrangeiros, a Suíça, está a tornar-se hostil aos estrangeiros e aos ricos, acrescenta o Le Temps. 

Não obstante, a situação não parece ser catastrófica. Se alguns milionários partiram com as suas fortunas para Londres ou Mónaco, a Suíça conta com 153 milionários em 2014 contra 149 em 2013.

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