sexta-feira, 27 de março de 2015

Voltar aos anos 60


Imagine que quer encomendar um verdadeiro Mini de origem,  num estado muito próximo de novo... É possível em Paris, em 2015, através da "My Mini Revolution" uma empresa de jovens apaixonados pela marca que recuperam carros ou chassis antigos para reconstituir um Mini dos anos 60 -70. Uma muito boa, maneira de andar na estrada e de se distinguir dos outros cum um suplemento de alma.

Se, depois de 2001, o renascimento do Mini pela BMW é um enorme sucesso comercial, torna-se difícil de não sentir uma verdadeira ternura pela versão original. Não é raro ver ainda a circular este pequeno automóvel ultra-urbano com o seu charme particular. Não obstante foram vendidos 5,3 milhões de modelos desde a sua criação até ao ano 2000. Produzido a partir de 1959 pela empresa BMC (British Motor Corporation), o Mini foi uma resposta britânica à crise do canal do Suez (1956), que provocou um racionamento da gasolina no Reino Unido, e que também tivemos em Portugal.


Desde a sua concepção pelo engenheiro Alec Issigonis, o Mini afirmou-se como uma revolução: pela sua notável habitabilidade se olharmos para as suas dimensões, devido, por um lado, à colocação das rodas de 10 polegadas nos quatro cantos do automóvel, e por outro, pela posição transversal do seu bloco motor-caixa colocados à frente, numa época em que a concorrência (VW carocha e Fiat 500) insistia na propulsão e motor atrás.

Alguns irredutíveis continuam a não quer ceder ao novo Mini, lançado pela BMW, proprietária desde 1994, e para aqueles só o primeiro é o genuíno. 

Ao longo dos anos quis ter um original, mas por uma razão ou por outra, a ocasião não apareceu, e conduzo um dos novos há dois anos. Não tem nada a ver com o original, mas é sem dúvida um carro original, agora mais robusto e com menos ruídos, sem ter abandonado aquele velocímetro redondo  no centro do tablier que o torna único.

1 comentário:

  1. Saudades do antigo Mini!
    Primeiro carro do meu pai quando eu era miúda!
    Nele entrava magicamente toda a família ( eu, o meu irmão, o meu pai e a minha mãe , a bagagem de férias e até o cão).
    No final, era por vezes difícil "arrumar a minha mãe no banco da frente". Com algumas gargalhadas dela e alguns impropérios do meu pai que achava aquela sua família muito desorganizada, lá seguiamos viagem. E a experiência foi tão boa, que não foi um , mas foram dois os Minis da família.
    O segundo um pouco mais " sofisticado" já tinha vidros de elevador e não os charmosos vidros de abrir lateralmente!

    ResponderEliminar