terça-feira, 21 de abril de 2015

A Fonsun continua às compras. Agora o Cirque du Soleil.

A Companhia de Seguros Fidelidade, que pertencia à Caixa, de acordo com a gestão do Banco ou instruções do Governo, não sei bem, foi posta à venda. A actividade seguradora não era "core". Foi comprada pelo grupo chinês Fosun, de que nunca tinha ouvido falar. 


Através da Fidelidade, a Fosun tomou uma posição de 5% na Rede Eléctrica Nacional. Esta empresa tem o monopólio no transporte de energia eléctrica na Rede Nacional de Transporte, "e liga os produtores aos centros de consumo, assegurando o equilíbrio entre a procura e a oferta de energia eléctrica".Também através da Fidelidade comprou a totalidade da Espírito Santo Saúde, uma das empresas bem geridas do GES e que tinha uma linha final atractiva para os chineses.

Fora de Portugal, chega-nos agora a notícia que a Fosun tomou uma participação no Cirque du Soleil.


É para "garantir a sustentabilidade do Cirque du Soleil, acelerar o crescimento e permitir-lhe diversificar em áreas de crescimento" que o fundador do Cirque du Soleil, Guy Laliberté, cedeu o controlo a um consórcio liderado pela empresa investimentos americana TPG Capital. O anúncio foi feito na passada segunda-feira, 20 de abril, na sede do famoso circo em Montreal.

Avaliada em 1,5 biliões de dólares canadenses (1,1 biliões de euros), a transação - cujos detalhes não foram divulgados - dá uma participação de 60% à TPG, 20% ao grupo de investimento chinês Fosun, e 10% na Caisse de Dépôt et Placement du Québec. Laliberté, que ainda detinha 90% das ações da empresa, mantém uma participação minoritária de 10%.

A presidência do Conselho de Administração será garantida por Mitch Garber, CEO da empresa de jogos Caesars Acquisition Company, em que a TPG é um dos acionistas, substituindo Daniel Lamarre.

“Após passar 30 anos a criar a marca do Cirque du Soleil, disse Laliberté, encontrámos na TPG, Fosun e Caisse os bons parceiros para fazer aceder o Cirque para o próximo passo na sua evolução como uma empresa baseada na crença de que as artes e os negócios podem contribuir colectivamente para um mundo melhor. 

“Desde de 2006 que o Cirque buscava uma parceria estratégica, explicou Laliberté e o primeiro acordo em 2008 com Dubai World não produziu os resultados desejados, pincipalmente devido à crise económica global.”

O aparecimento da Fosun no capital do Cirque du Soleil abre o caminho para uma grande expansão dos negócios do Cirque na China. TPG tomou, no entanto "compromissos vinculativos", em particular para garantir a sede em Montreal, onde trabalham 1.400 dos 4.000 funcionários do Cirque du Soleil.

Sem comentários:

Enviar um comentário