segunda-feira, 27 de abril de 2015

Nepal tão longe de nós



Como é lá longe, não sentimos da mesma maneira como que se fosse aqui na Europa, onde também temos uma larga zona de alta probabilidade sísmica.

Estamos de tal maneira centrados nas nossas vidas, que esta tragédia, não obstante o relevo dado pelos media, passa-nos ao lado.

Mas quando morrem milhares de pessoas, nas quais se incluem ocidentais prontos a escalar o Evereste, e em particular um grupo de executivos da Google, o drama é sentido de uma forma.


Passei o fim-de-semana ocupado com as minhas actividades, li a correr e de forma automática os títulos dos jornais, e nem a televisão liguei.

Hoje os noticiários à hora de almoço começaram com a morte dos alpinistas, seguido das notícias que davam conta da situação de destruição em que se encontra o Nepal, e fiquei impressionado com a dimensão do drama que vivem os Nepaleses.

Centenas de habitantes de Kathmandu carregados com os seus pertences pessoais encaminham-se para as estradas fora da cidade, na esperança de encontrar um meio de transporte que os afaste do caos.

Após dois dias de terror, eles fogem da capital nepalesa desfigurada e especialmente instável.

Desde o terramoto de magnitude 7,8 que atingiu o Nepal no passado sábado, fortes réplicas ameaçam casas e prédios. Famílias inteiras, segundo as equipes de resgate ainda estão ainda sob os escombros. Bairros, sem eletricidade. A maioria dos moradores passou a noite no frio e  à chuva.

O último balanço provisório conta com mais de 3.600 mortes e mais de 6.500 feridos em todo o país. Este é o mais forte sismo que o Nepal conheceu desde 1934. Os tremores de terra foram sentidos do Bangladesh ao Paquistão através do Tibete e Índia, onde 59 pessoas morreram.

Sem comentários:

Enviar um comentário