sábado, 25 de abril de 2015

China: Ikea quer acordar os seus clientes


Desde a implantação das lojas Ikea na China em 1998, que os chineses têm tido o hábito de dormir nos sofás e colchões em exposição na cadeia sueca. Uma prática que Ikea quer agora proibir, mas que a gestão chinesa não confirma.

A Ikea na China entrou rapidamente nos hábitos, mas estes hábitos não fazem a unanimidade no seio da cadeia de lojas de móveis Após a sua abertura, a marca rapidamente se estabeleceu como um parque de diversões real, um apartamento gigante aberto onde as pessoas vêm para passar o seu tempo livre.

Aqueles que têm a sorte de trabalhar perto de uma loja, vêm frequentemente fazer uma pequena sesta aproveitando a cama ou o canapé de demonstração. Vêm também com o seu chá, conversar com os amigos, aproveitando as mesas existentes, ao abrigo das temperaturas e humidade sufocantes, desfrutando do ar condicionado. Os namorados marcam encontros nas lojas para experimentarem o seu futuro apartamento que hão-de partilhar um dia. Relatórios feitos pelas lojas, reportam que alguns casais levam longe de mais a partilha discreta dos seus momento íntimos…

Em 2013, a abertura de uma das maiores lojas da China deu lugar a cenas muito pouco comuns: Chineses com os seus cestos de pic-nick, instalaram-se nas mesas e cadeiras, com as crianças a fazerem as suas necessidades nas casa de banho de demonstração, sem nenhuma ligação aos esgotos. Desde então, a loja tornou-se um caso de insucesso. As pessoas vêm antes de mais para dormir no terceiro andar, onde encontram cadeiras, canapés, sofás, camas e colchões. Como resultado, a loja de 42 000 m2, completamente lotada, tem as suas caixas registadores quase vazias. O Chinês é pragmático e não compreende bem estes jogos do mercado. Numa cama que lhe é apresentada de uma forma tão atractiva, ele, simplesmente, dorme.

Em 2013, os jornais locais relatavam as dificuldades porque passavam os vendedores para aplicar as regras em vigor e suas consequências comerciais: “No departamento de colchões é, às vezes, impossível que os clientes interessados em comprar um colchão, o possam testar, porque estão ocupados por pessoas que chegam e se deitam neles", explicava então um representante da Ikea China.

De acordo com o Le Figaro, citando um documento do jornal oficial Diário do Povo, a cadeia sueca, decidiu tentar acabar com os hábitos dos clientes chineses, com diplomacia: "A empresa sueca, líder mundial mobiliário, proíbe que durmam nas camas em exposição, bem como noutros canapés dos showrooms das suas lojas na República Popular, numa circular retransmitida pelo Diário do Povo.”  Os funcionários da cadeia duvidam que mesmo assim consigam impor a disciplina. 

Esta Informação foi debilmente negada por uma responsável da Ikea China à revista Time, negando qualquer alteração à sua “política de Clientes” : "A medida a que você se refere não é nova. A nossa equipe tem sempre posto fim de forma gentil aos comportamentos que podem perturbar os outros clientes ". 

Os chineses podem continuar a dormir tranquilamente nas lojas Ikea…

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